A manutenção e o fortalecimento de relações saudáveis é uma medida não medicamentosa recomendada para todas as idades. Na terceira idade, então, essa estratégia se torna fundamental para diminuir a possibilidade de adoecimento físico e psíquico.
A ideia de que os idosos preferem o isolamento e estão sem motivação para aumentar ou estreitar os vínculos de amizade não poderia estar mais equivocada. Nessa fase da vida, é preciso estimular a convivência ativa com pessoas da mesma idade, manter vínculos familiares fortes e exercer atividades prazerosas para encarar o envelhecimento da melhor forma possível.
Por isso, mostraremos no post de hoje por que as relações sociais na terceira idade são tão importantes. Acompanhe conosco!
Ter relacionamentos alegres e cativantes com família e amigos é tão importante que sua falta pode acarretar problemas cardiovasculares e neurológicos, diminuindo a longevidade. É o que constatou a pesquisa conduzida pelo psicólogo John Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade de Chicago (EUA).
Durante os anos de 2010 e 2013, a equipe acompanhou atentamente o estilo de vida de pessoas acima de 55 anos e observou uma taxa de 14% de morte prematura relacionada à solidão. As causas se relacionavam a fatores como aumento da ansiedade, frequência respiratória acelerada, elevação dos níveis de cortisol (hormônio do estresse), insônia e aumento da diurese noturna, observados em pessoas que viviam isoladas.
Esses sintomas, diretamente relacionados à falta de convívio social, podem contribuir para a morte precoce se não forem prevenidos ou tratados adequadamente.
Um bom indicador de qualidade de vida é saber reconhecer situações positivas e aceitar fatos negativos relacionados à vida cotidiana. Nos idosos solitários essa percepção tende a ser negativa, considerando os relatos frequentes de problemas físicos e psíquicos, dependência para realizar tarefas diárias e baixa autoestima.
Por outro lado, constata-se que os idosos que mantêm uma convivência próxima com amigos e familiares apresentam uma percepção mais positiva da vida. Apesar de apresentarem problemas clínicos, não se ocupam deles exclusivamente, e essa situação configura um fator de proteção contra doenças.
Idosos que mantêm relações sociais agradáveis e frutíferas estão mais abertos para as mudanças. Dependendo do nível de conhecimento e das formas de incentivo dos familiares, eles podem aprender novas tecnologias, acessando redes sociais e mantendo contato com pessoas próximas ou distantes.
A terceira idade está mais conectada virtualmente e antenada com as novas formas de interação social por meio de aplicativos instalados nos telefones celulares, conversas via computador e amigos virtuais. As inovações tecnológicas aproximam pessoas distantes geograficamente e garantem benefício para todas as gerações.
Idosos que convivem harmoniosamente com outras pessoas são mais alegres, comunicativos e apresentam maior disposição física. Também estão mais propensos a compartilhar medos, inseguranças, felicidades, angústias e sentimentos próprios do envelhecimento com pessoas na mesma fase da vida, o que os ajuda a superar problemas clínicos e possibilita bem-estar pessoal e aumento da autoestima.
O cultivo de relações sociais na terceira idade deve ser incentivado no contato pessoal com outras pessoas ou por meio das inovações tecnológicas disponíveis atualmente, evitando ao máximo o isolamento e garantindo uma vida mais saudável.
Agora que você já sabe que é fundamental manter relações sociais benéficas e saudáveis, que tal compartilhar esse texto nas redes sociais?