Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002, nos 20 anos subsequente ao início do século, a população de idosos do Brasil ultrapassaria os 30 milhões. Ainda de acordo com o IBGE, essa previsão vem se confirmando: em uma pesquisa realizada em 2010, o país já contava com mais de 23 milhões de pessoas acima dos 60 anos.
Por isso, o mercado de instituições de longa permanência — também conhecidas como casas de repouso — tem crescido no Brasil. Já existem mais de 5000 instituições especializadas em cuidado ao idoso em todo o país — só em São Paulo, são mais de 350!
Entre tantas opções, como escolher a casa de repouso mais adequada para o seu ente querido? Veja agora os principais cuidados que se deve tomar na hora de tomar a sua decisão:
As casas de repouso carregam um certo preconceito em sua essência, pois existem muitos serviços de má qualidade espalhados por aí. Por outro lado, a boa notícia é que surgem instituições capacitadas para suprir a demanda desse mercado.
Além disso, o poder público está aumentando a fiscalização para evitar o funcionamento clandestino desses estabelecimentos. O conceito de abandono cai por terra a partir do momento que os familiares escolhem uma casa de repouso estruturada para receber os idosos e com a melhor equipe para um tratamento digno e individualizado.
O primeiro ponto a verificar é se o estabelecimento possui todas as diretrizes legais para o funcionamento. Isso significa dizer que, além do cadastro no centro de vigilância sanitária do município, a empresa deve estar cadastrada na receita federal e junta comercial.
Por mais que a instituição seja cadastrada na vigilância sanitária, é necessária uma visita a todos os cômodos da casa para ter uma ideia das condições de higiene.
Atividades culturais, recreativas e lúdicas têm um peso enorme na hora da escolha. Isso influenciará diretamente a qualidade de vida do idoso e, especialmente, a autonomia e individualidade. Em hipótese alguma a televisão deve ser o único meio de lazer. Um exemplo é saber se existe uma rotina de exercícios, como hidroginástica.
Esse é um ambiente onde muitos dos internos necessitam de alimentação balanceada. O cardápio precisa ser elaborado por uma nutricionista e levar em conta a individualidade do idoso.
A segurança quanto a ataques externos, apesar de importante, não é a única que deve preocupar os familiares. Muita atenção às escadas, banheiros, chuveiros, tomadas, instalação elétrica, cadeiras etc. O banheiro e áreas de difícil acesso devem contar como corrimões.
A equipe tem que ser especializada em diversas áreas de atuação. Os principais são: técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, especialistas em cuidado com idosos, psicólogo, nutricionista, médico e um responsável técnico, com ensino superior.
Todos os familiares devem participar da decisão e sempre considerar os itens fundamentais, especialmente os descritos acima. A proximidade da casa de repouso com a residência de um familiar também pode ser um diferencial. Além disso, a clareza do contrato deve pesar na hora de decidir.
Todos os procedimentos foram seguidos e a casa de repouso foi escolhida, mas é fundamental não delegar à instituição o dever da afetividade familiar, pois esta é intransferível. Por isso, os passeios e visitas devem fazer parte da rotina de todos os envolvidos!
Se a sua família ainda não se decidiu sobre as casas de repouso, saiba que esta é uma escolha que deve ser feita com muita calma e planejamento. Por isso, enquanto o seu ente querido estiver recebendo os cuidados em casa, aproveite para aprender 5 dicas para prestar atenção ao cuidar de idosos em domicílio.
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